quinta-feira, 1 de setembro de 2011

(sem assunto)


eu não empurrei o prato.
eu engoli o choro.
eu não discordei de uma sequer palavra. eu não quis que fosse diferente daquilo.
eu não deixei pra trás nem mesmo as sementes do tomate.

eu queria ir pra casa, queria deitar na minha cama e ficar quietinha.
eu queria tomar um banho bem quente e tomar leite com nescau.
eu queria dormir um pouco e não apenas fechar meus olhos.

eu pensei numa viagem... pensei num lugar em que eu gostaria muito de estar.
eu baixei meus olhos pra escutá-lo porque doía ouvir aquelas palavras.
mas acho que o que mais doía eram as verdades grudadas nelas.

sempre tive medo dessa coisa de gostar sozinha.
achei que nunca seria tocada com amor.
eu, que sempre fui assim... tão intensa e emotiva;
não ofereço resistência e me entrego com amor na pontinha dos cílios.
eu, que quando coube dentro do abraço dele, desde o primeiro segundo, percebi que ali era que eu queria morar.
eu, que não tenho segunraça em nada, em chão nenhum, em pessoa nenhuma, vi nele um poço pra me afundar... vi que as minhas mãos ele não soltaria.
mas eu, mulher densa que sou, tive medo, e quis colar meu corpo ao dele não só no amor.
eu grudei nele que nem as verdades que tinha nas palavras dele.
eu tive muita vontade de chorar. mas eu não chorei. e fiquei sentada até que ele dissesse tudo, até que as palavras dele parassem de magoar, porque ele não me magoou.

então ele me abraçou e não me largou mais...
disse as coisas que eu precisava ouvir de maneira gentil, e em nenhum momento impôs condições, fez exigências... em nenhum momento ele sugeriu que eu iria pra casa sozinha... pra sempre.

e se eu conseguisse dizer alguma coisa naquele momento, eu diria que eu seria com açúcar e afeto pra ele.

5 comentários:

  1. *_* Belisiiiimo

    Que bom quando alguém não exige quase nada da gente

    beijos

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  2. Tão lindo tangerina! Nunca discorde das verdades, elas costumam ficar na cabeça por tempos e tempos.
    beijso menina.

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  3. :)

    passei aqui pra ficar em dia, ver os seus passos trôpedos e doídos... aliás bem parecidos com os meus...

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  4. minha mão sempre dizia que o casamento era um pulo no escuro, eu casei uma vez e não senti isso.
    no dia que conheci o amor de verdade ai sim, eu entendi!

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