quarta-feira, 14 de novembro de 2012

"vai ter que se virar para fazer o que já é bem melhor, menos mal, menos mal, mais normal"

os breves anos que se arrastaram vieram bem mais interessantes depois
que eu soube que ela existia.
nos identificávamos naquelas letras de drexler e ríamos numa batucada
de nação zumbi.

tantos anos de delicadezas.
porque nos amávamos.
porque éramos iguais.
nossas cores eram iguais.

mas foi naquela tarde de domingo que ela começou a me doer.
eu, sempre medrosa, escondi a bronca.
lembrei o motivo, mas preferi me resguardar de uma possível condenação.

mas de todas aquelas cenas que me voltam à memória todos os dias, o
que mais me doeu, me incomodou foram as palavras escolhidas à dedo pra
ofender, pra magoar, pra machucar a minha pessoa favorita neste mundo
todo.

depois disso, não soube bem como lidar.
não quis procurar. me calei e falei com a flavinha, porque nem bem eu
entendi o que é que eu sentia.

o que eu sei, é que eu sinto muito.

3 comentários:

  1. Quantas verdades se demonstram, tentam sair destas linhas. Parece que não foram ditas, mas se escritas, já chegaram a aliviar temporariamente.
    Que teu sentir seja sempre muito, apesar de.

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  2. nos ultimos dias perdi uma amiga quase assim...

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